quarta-feira, 10 de abril de 2013




T R I L O G I A

Pés descalços
Pernas acinzentadas
Olhar espantado
A negra vê
O filho brincar
Com carrinho de mão


Pôr sobre a cabeça
Infinito azulado
O satélite americano
Brinca de espião.


God save américa forever
Com todas suas bandeiras
Para sempre américa



Faz tempo que o sol
Aqui não nascia;
Nem gosto do verde
Sentir não podia


Nem poucos sorrisos
Amantes olhares
Nem lábios roçando
A leves sonhares


Faz tempo que o verso
Aqui não havia
Nem planos que nova
Manhã irradia.


Nem mesmo lembranças
Soprando o telheiro
Despertando a alma,
Ninar derradeiro


Nem mãos aos afagos
Aqui não havia
Faz tempo que a vida
Aqui não vivia.




As rosas não mudam
Do homem o destino
Nem banho de rio
Ou luar de prata
Nem flores silvestres
Ou nuvens de nata
Não mudam do homem
Seu pouco destino


O que deves fazer
C'oa saliva amarga
No canto da boca
A dor no teu peito,
Silencio de espanto
Transbordando a alma?


As rosas não mudam
Do homem o destino
Nem banho de rio
Ou flores silvestres
E grande a floresta,
Medita, menino.

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